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As matérias físicas são compostas de substâncias que constituem sua composição química. As substâncias de origem natural podem ser extremamente complexas e desempenham alguma espécie de função dentro do organismo das plantas, animais e seres humanos ou são utilizadas para alcançar resultados específicos.
Todas as substâncias biologicamente ativas são capazes de produzir mudanças dentro dos sistemas vivos até a agua ao mesmo tempo cristal e líquido, é utilizada constantemente nas funções metabólicas de célula viva.
Existem duas espécies de substâncias ativamente biológicas – endógenas e exógenas. Endógenas são os elementos químicos (nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, sódio, potássio, fósforo), reguladores do baixo peso molecular ( Glicose, adenosina, trifosfato, adrenalina, acetilcolina) biopolímeros de alto peso molecular (DNA, RNA, proteínas) são incorporadas ao corpo, participam ao seu sistema metabólico e tem função nitidamente fisiológica. As substancias exógenas biologicamente ativas são aquelas que penetram no organismo através do alimento ( Proteínas, Gorduras, Carboidratos, Vitaminas e muitas outras) ou em forma de medicamentos. As substancias biologicamente ativas do alimento desempenham as funções plásticas do corpo, e renovam as perdas de energia, enquanto as substancias medicinais são usadas para profilaxia, curar doenças e mais raramente com a finalidade de diagnóstico.
Os produtos alimentícios contem, algumas vezes, tóxicos, por exemplo, cogumelos e narcóticos ( papoulas-ópio). Frequentemente incorporam ingredientes tendo ação terapêuticas – profilática, exemplo: Cenouras, vagens, ameixas, iogurtes e assim por diante. Os remédios constituem um caso a parte, no que concerne às substâncias biologicamente ativas. Imensuráveis são as quantidades de substâncias biologicamente ativas contidas na carne, peixe, legumes e frutas comidos, e também no café, chá, vinho, cerveja e outras bebidas alcoólicas consumidas durante a duração da vida.
O alimento é a maior fonte de substâncias biologicamente ativas.
Na antiguidade não havia divisão nítida entre produtos naturais na comida e substâncias medicinais. Hipócrates (460-377 A.C.), escreveu em seu livro “sobre Flatulência”: “O que faz o remédio para a fome? ...Obviamente aplaca a fome...Mas o alimento faz isto, logo deve conter remédio”. Em seu “Canon”, Avicenna escreveu sobre “alimentos medicinais” e “remédios-alimentos” em quase todas as páginas. A medicina tradicional, dos países da Ásia Sul – Oriental, possuem poucos remédios tóxicos e entre as matérias médicas existem muitas plantas usadas como alimento.
Como foi observado por V.M.Salo ( “Plantas Medicinais “Nanka” Moscou, 1968 ) , a mesa do homem moderno é caracterizada mais pela abundância do que pela diversidade. Cita estatística mostrando que em 1794, 100 plantas foram classificadas em três regiões Francesas e que eram usadas pela população em sua alimentação. Um século mais tarde, estes números foram reduzidos ao terço. Há elementos para se acreditar que atualmente o número de plantas utilizadas na alimentação é ainda menor.
Na antiguidade os aditivos alimentares eram exclusivamente de origem medicinal. Desde 3.000 AC o pão era assado com condimentos e sazonado: o peixe era salgado e posto em escabeche em 2.300 AC: o mingau de aveia era temperado com Erva Doce e Hortelã , nos anos 3.000AC: cebola, alho, e pimenta eram empregados em larga escala. A descoberta do fogo, tornando possível cozinhar produtos na chama, transformou os hábitos primitivos do homem. A chama, então, introduziu muitas substâncias estranhas aos produtos, sendo a primeira e mais importante o Formaldeído e muitas outras potencialmente cancerígenas.
A necessidade de desenvolver a agricultura conduziu ao aparecimento de substâncias tóxicas no alimento, e que são usualmente utilizadas em enormes quantidades. O cozimento do alimento tornou-se uma maciça operação industrial, muitos produtos e pratos feitos são preservados com incríveis quantidades. As substâncias sintéticas estão substituindo as naturais. Preservativos, corantes, antioxidantes, condensadores, estabilizantes, neutralizantes, aromas, emulsificadores, etc..., são usados e entre eles existem muitas substâncias nocivas, o numero desses aditivos é amplo. Nos Estado Unidos, por exemplo, aproximadamente 8.000 substancias diferentes são utilizadas como aditivos e em dez anos, de 1955 a 1965, a quantidade consumida aumentou cerca de 58%, atingindo o total de 532 mil toneladas por ano. Agora imaginem vocês o consumo destas substancias nos dias de hoje. O Dr. R. Hall cita dados estatísticos para informar que 5.500 diferentes substâncias químicas são empregadas nas indústrias de alimentos prontos, dos quais 2.500 são propositalmente adicionadas aos pratos e o resto acaba na comida através da contaminação acidental.
As complexidades da composição química do próprio alimento e o número enorme de aditivos químicos criam o causticante fluxo dos efeitos combinados potenciais de compostos químicos. É preciso salientar que estes produtos vêm sendo usados por longos períodos.
Uma alimentação racional não é simplesmente o fornecimento ao organismo de matérias orgânicas e calóricas, segundo o Instituto de Nutrição da Academia de Ciências Médicas da Rússia. A alimentação diária de uma pessoa deveria possuir mais de 600 substancias , inclusive 17 vitaminas. Nos aminoácidos o homem, como parte do planeta, é constituído de aproximadamente de todos os elementos, cujo número e combinações influenciam seu “ambiente interno”. Deve-se ter em mente que nada é definitivo num corpo vivo. A decomposição e síntese ( desintegração e regeneração) das substâncias que compõem o corpo são ininterruptas, o corpo é como um redemoinho num rio, novas substancias por ele passam, entram e saem. “Nem um único átomo da infância permanece na pessoa adulta”.
Como na antiguidade, também na época moderna, não pode e não deve haver divisão precisa entre alimentação e medicamento. É do conhecimento geral que muitas doenças podem ser curadas simplesmente com uma dieta ou reeducação alimentar. O que Hipócrates e Avicenna disseram a este respeito, é válido até hoje. Até Hipócrates recomendava comer pão feito de farinha não joeirada. Os lutadores romanos comiam somente pão integral para preservar sua força. Na antiguidade o grão de trigo e os farelos não eram refinados e a farinha tinha uma coloração creme. Mas o pão branco sempre foi associado com riqueza e distinção . O surgimento de novos equipamentos de moagem privou a farinha branca de uma grande porção de vitaminas e outras substâncias biologicamente ativas. . Quando o óleo vegetal era extraído das sementes por prensagem, continham grande número de substancias constituinte. No entanto, imposições de ordem econômicas e visual, deram origem ao aparecimento de novos equipamentos de processamento. O óleo é extraído por solventes, depois tem de ser depurado, degomado, o que retira todos os ingredientes mais valiosos deste produto essencial. Em consequência o açúcar, em geral um produto útil, apreciado pelas pessoas, começou a mostrar o seu lado negativo. Tornou-se tão letal, que o nutricionista Britânico Dr. A. Yudtkrin, batizou o seu livro o problema do açúcar “Puro, Branco e Mortífero” ( Davis-Poynter, Londres 1974 )enquanto o Dr. R Hall, cientista Canadense, intitulou seu capítulo sobre o açúcar, ”O Vilão – Açucar Refinado” ( Harper Medicinal, Nova Iorque, 1974 ).
Autor: Professor I.I.Brekham (Departamento de Fisiologia e Farmacologia de Adaptação Instituto de Biologia Marinha Centro Científico do Oeste - Acadêmia de Ciência da Russia)
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